quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Produção Textual: Ensino de ciências: do ensino tradicional as novas concepções de ciências


UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO
Curso: Pedagogia      2010.2
Disciplina: Fundamento e Metodologia do Ensino de Ciências
Professora: Ms Hercília Maria Fernandes

Alunos: Carliane Mendes Dias
Cláudia Pinheiro da Silva
Fernanda Daysy Fernandes de Sousa
Francineide Alves de Sousa
Marciana Jacinta de Andrade
Tarcio Tomaz da Silva














PRODUÇÃO TEXTUAL

Ensino de ciências: do ensino tradicional as novas concepções de ciências


















CAJAZEIRAS-PB
AGOSTO-2010
Ensino de ciências: do ensino tradicional as novas concepções de ciências
As últimas propostas curriculares realizadas e também a análise de alguns especialistas, mostram grandes modificações que vem sendo indicadas para o ensino de ciências no decorrer dos tempos, principalmente no ensino fundamental, essas modificações derivam de uma reflexão acerca dos antigos modelos de ensino. Com isso acredita-se que essas novas concepções permitam a construção de algumas diretrizes e princípios metodológicos profundamente coerentes e prontos, podendo causar novos modelos de ensino de ciências.
É importante destacar que o currículo é uma forte referência que contribui para o modelo tradicional do ensino de ciências, pois nele estão contidos os objetivos de ensino, os conteúdos, as atividades, os procedimentos e os fundamentos, porém, esses elementos não são de muito valor para o educador. É preciso descobrir os significados desses elementos, ou seja, procurar a visão de ciências que estão escondidas nos modelos curriculares.
Outra questão de destaque é que desde a ampliação do ensino de ciências surgem desacordos teóricos entre especialista no tema, assim como também entre professores da área que tem diferentes entendimentos sobre ciências, os debates que mais se destacam sobre essas discordâncias são: ensinar teoria ou prática, ciência como um conjunto de conhecimentos acabados ou como processo em construção, ciência como mito ou ciência como atividade que faz parte homem, desprezar ou desvalorizar o dia-a-dia do aluno, prevalecer a coerência da ciência ou coerência do aluno, multidisciplinaridade ou interdisciplinaridade curricular, abordagem ecológica ou ambiental, currículo com padrões ou currículo flexível, professor passivo ou atuante de modificações pedagógicas.
A ciência, a educação e o ambiente são dimensões que mantém uma relação inseparável da sociedade. No entanto é necessário compreender estas respectivas dimensões, pois foram ás mesmas que revelaram as concepções de ciências.
Diante disso, para perceber como foi este processo é necessário conhecer alguns detalhes destas principais dimensões.
A concepção de educação relacionar-se ao ensino, então esta concepção vai contribuir para os diferentes papeis do ensino da ciência, pois o ensino é algo amplo, no qual busca apenas a aprendizagem, por esta razão existe a preocupação com a transmissão do conhecimento da ciência no ensino fundamental, no qual deve levar em conta as diferentes disciplinas e o papel específico que deverá ser executado pela ciência no currículo.
Portanto a diversidade de idéias educacionais ou seja, diversas concepções pedagógicas influenciam na seleção dos métodos, das técnicas didáticas, nos conteúdos, enfim no currículo escolar
A ciência não representa um único bloco homogêneo de conceitos por estudar algo. A mesma está subdividida em várias outras áreas, sendo que cada uma desses ramos da ciência fica encarregado de estudar algo especifico, mas o que a em comum na ciência e nas suas áreas é o uso dos métodos de investigação.
Esse método faz com que surgem diferentes formas de conhecimentos. Etimologia que parte do conhecer algo (desconhecido), do sentido, objetividade, subjetividade e interacionismo do objeto investigado e estudado. A ciência é relativa porque há diferentes visões, isto é, o conhecimento muda,varia de acordo com cada visão.
A ciência e seus ramos como, por exemplo, a matemática, física, história ,a química sempre está presente na vida dos homens seja nas suas historias, nas relações sociais,na língua, cultura  ou no estudo da vida.
Logo a visão que tem a respeito da ciência é que ela é múltipla, investigativa, dedutiva, intuitiva e provada. A ciência e seus ramos são estudados em diferentes ambientes seja na geologia, biologia ou espacial.
A apresentação histórica dos currículos de ciências tem sofrido transformações no seu significado, devido às transformações internas em uma ou mais das três dimensões consideradas, ou ainda de como elas são observadas pela sociedade. Deste modo tanto os modelos clássicos de ensino de ciências quanto os atuais, resultam em uma contestação em foco, distinguindo um do outro, como veremos.
O modelo tradicional esteve presente até a década de 50, tendo uma sociedade conservadora, na qual a educação era considerada como bancária, pois havia apenas a reprodução de conhecimento científico e era um conhecimento neutro, já que não havia troca de conhecimentos entre professor- aluno. Os conteúdos também era posto como algo pronto, exemplo: Física, Química, Biociência, Geociência, já que não havia significado relacioná-los com a realidade, pois servia como aplicação da teoria, deste modo o trabalho era considerado como algo distante.
Com a população em constante transformação, o sistema industrial necessitava cada vez mais dos recursos científicos para garantir o seu poder no mercado; oferecendo produtos cada vez melhores á sociedade consumista.
O ensino também foi modificado. O que antes era método tradicional; já não era mas aceito principalmente nas áreas de ciências físicas, Biológicas e Geológicas. Era de extrema importância implantar desde os primeiros níveis iniciais de escolarização o ensino de ciência com o seu método de investigação e experimentação; sendo assim transformaria os alunos em uma geração de cientistas; preparados para atender as necessidades da modernidade.
As escolas deveriam ser compostas não mais de salas de aula mas de salas- laboratório onde o professor tivesse devidamente preparado com receituário para instruir aos seus alunos atividades de laboratório. Qualquer outra forma de conhecimento deveria ser substituído pelo conhecimento científico até o conhecimento prévio do discente. No processo ensino aprendizagem era ignorado. Cada vez, mas o educador perdia a influência de inovar suas aulas devido o país ter liberalmente uma visão tecnicista. Quem preparava toda rotina das aulas eram especialistas que produziam guias curriculares oficiais e subsídios para a realização de atividades de laboratório.
Essas novas concepções sobre a ciência e os seus problemas criticados pelo movimento filosóficos crítico por valorizar apenas o conhecimento científico menosprezando qualquer outra forma de conhecimento até mesmo os construídos elas ciências sociais e humanas.
Para eles a uma grande importância de usufruir nas escolas as idéias da Psicologia cognitiva; onde o conhecimento deixa de ser pronto e acabado como a capacidade e passa a ser algo a ser construído de acordo como a capacidade cognitiva de cada um (professor-aluno) a partir do conhecimento prévio.
Outro tipo de pesquisa aponta a marginalização do professor por ser um profissional passivo na elaboração de suas aulas. O educador deve ter autonomia e ser reflexivo em suas ações educacionais.

Conforme Amaral, as propostas curriculares para o ensino de ciências vêm se modificando desde a década de 80, inicio dos anos 90, onde as concepções de ciências, educação e ambiente vem se alterando e derivando das mesmas outras características para o ensino de ciências.

Podem-se constatar propostas curriculares estaduais e municipais, através de um estudo realizado pela Fundação Carlos Chagas (1995), na qual, dentre as propostas o ensino de educação ambiental é conteúdo básico de todas as series iniciais. Percebe-se que todo conteúdo do ensino de ciências ele é dividido por series, sendo que cada serie tem seu objetivo a atingir e as metodologias.

Desta forma os PCNs-ciencias, buscam se consolidar na ação-reflexão-ação do ensino de ciências, ou seja, sair do tradicional do livro didático, de um estudo pronto e acabado e partir para o método experiencial, investigativo, pesquisador, aplicando a teoria na prática.









Referência
BARRETTO, Elba Siqueira se Sá (Org). Currículo de Ciências: Das Tendências Clássicas aos Movimentos Atuais de Renovação. In: Os Currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. Campinas, SP, 1998

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